segunda-feira, 5 de julho de 2010

Movimento Hip Hop de Roraima




ENTREVISTA RAQUEL QUEIROZ MOVIMENTO HIP HOP

O Movimento Hip-Hop é uma cultura composta por 4 subculturas ou elementos artísticos, o MC, que anima a festa com suas rimas improvisadas, a instrumentação dos DJs, a dança do breakdance uma das vertentes do Street Dance ou Dança de Rua e a pintura do grafite, onde os graffiteiros representam a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray. Em Roraima o movimento nasceu em maio de 2005, com o objetivo de criar um espaço de integração e interação dos jovens da periferia. Tem como principal líder a amazonense Raquel Queiroz, 34 anos, cursando o 8º semestre em Serviço Social da UERR. Tem a família como porto seguro. O pai um ícone, a mãe a força e a filha tudo. Raquel é nossa entrevista de hoje e fala sobre o objetivo de difundir a cultura hip hop no estado de Roraima e incentivar grupos de rap, de beak, os grafiteiros e os djs, e apresentar o hip hop como instrumento de transformação social.

“Amo música e a dança. Procuro ser autêntica em minhas ações. Sou grata diariamente a Deus pela vida que tenho, agradeço a Ele todas as oportunidades existentes. Creio que as oportunidades não vem uma única vez, mas que cada dia quando acordamos temos a oportunidade de modificar algo em nossa vida, de recomeçar. Amo viver cada instante”.

“O Movimento Hip Hop de Roraima busca tornar-se um poder paralelo a procura da melhoria da juventude do Estado de Roraima”.

1) Coisas Daqui: O que é como funciona a cultura Hip Hop ?

R: O hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1970 nos Estados Unidos como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma cultura das ruas, um movimento de reivindicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades.

O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MC, DJ, Breakdance e o Graffite.

2) Coisas Daqui: Qual a finalidade do Hip Hop, além de todos os elementos?

R: Além de difundir a cultura hip hop, o hip hop vem fomentar o respeito à identidade cultural dos jovens de periferia, facilita à população menos favorecida o acesso à fontes de cultura, resgatando assim a auto-estima, tanto dos jovens como da comunidade onde está inserido e busca através das ações desenvolvidas edificar conhecimentos sobre a valorização social, econômica,

3) Coisas Daqui: E em Roraima como esta hoje, é valorizada?

R: Em Roraima a Cultura Hip Hop chega em 2000 através do grupo de Dança de Rua Cadeado Blindado dirigido por mim, que recepcionou o b.boy Diogo vindo de São Paulo e daí difundiu-se por todo o Estado, somente em 2005 a cultura se organizou como movimento social, organização da sociedade civil, e hoje tem em praticamente todos os bairros umgrupo representante e em 5 municípios.

Alguns dos grupos que fazem parte do M2H-RR: Break - Explosão Hip Hop, Nação Hip Hop, Extreme Crew, Crazy Crew B.Boys e outros; Graffite – Morcegão, Perna, Geovanne e outros; Rap – Gangue do Rap, MC Hudson e MC Jimmy; DJ – Dj Bunny e Dj Sorvete.

O Movimento Hip Hop em Roraima está com um grande acervo de ações em combate à violência e à prevenção de drogas que são:

Projeto Cidadania em 4 Emlementos : Reflexão da educação para o crescimento e fortalecimento da cidadania;

Pólis Hip Hop: implantação de núcleos nas comunidades para proporcionar uma mudança social e despertar o interesse da juventude por políticas públicas para a juventude.

Semana da Cultura Hip Hop: Apresentar a Sociedade o hip hop como solução para o combate à violência, mostrando a importância de ações sócioculturais para o jovem em estado de ociosidade.

Palestras, debates e muitas outras ações.

O Movimento Hip Hop de Roraima busca tornar-se um poder paralelo a procura da melhoria da juventude do Estado de Roraima.

4) Coisas Daqui: Em relação ao preconceito e a discriminação da sociedade?

5) R: Há ainda muito preconceito, pois as pessoas vinculam muito o hip hop com violência, e nós a cada dia apresentamos a cultura hip hop como solução e não como problema, onde esta solução parte do jovem que muitas vezes é visado como problema social e não como protagonista de uma mudança social.

6) Coisas Daqui: O que é um Frestayly?

R Então Freestyle é traduzido como estilo livre, é a forma livre de cada elemento se expressar, sem regras, sem limitações,

7) E o Premio Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez ?

R - O 1º Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez, é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério da Cultura, em parceria com o instituto Empreender e a Ação Educativa com objetivo de selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil lançado durante a realização do 10º Fórum Social Mundial e premiará 128 iniciativas voltadas para a promoção da Cultura Hip Hop no Brasil em cinco categorias, Reconhecimento: Personalidades ou entidades importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop; Escola de Rua: Iniciativas que já existem e que visem a utilização dos elementos do Hip Hop em ações socioeducativas, através de oficinas e arte-educadores; Correria: Iniciativas que visem a soluções que gerem renda. Por exemplo, distribuição de Cds e Dvds, oficina de moda, oficina de serigrafia, etc.; Conhecimento (5° Elemento): Iniciativas que visem a realização de encontros, seminários ou painéis que reúnam atores do Hip Hop, ou projetos que visem a produção de mídias para a difusão do Hip Hop. Por exemplo: jornais, fanzines, programas de rádios comunitárias, documentários, sítios de internet, etc.; Conexões: Valorizar as iniciativas que incorporem, associem e incentive o intercâmbio com outras formas artísticas à cultura Hip Hop, em particular das expressões culturais afrodescendentes;

Os contemplados serão conhecidos em outubro deste mesmo ano isso valoriza muito a nossa cultura.

Contatos:

rlqhiphop@hotmail.com

95-9139-8221

Halysson Crystian: Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi




Entrevista com o cantor Halisson Crystian

O cantor Halisson Crystian, aos 33 anos de idade comemora seus 20 anos de carreira musical em Roraima com a produção de um novo CD com seus sucessos e músicas inéditas. Casado com Jennifer, pai da pequena Iandara de apenas 3 aninhos, já gravou 2 CDs e tem trabalhos em vários CDs coletivos produzidos no estado. Interprete apaixonado pela música produzida em Roraima, Halisson começou profissionalmente aos 13 anos de idade, influenciado pelo sucesso do pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que fez muito sucesso no fim dos anos 80 inicio dos anos 90 com a música Vazio. Ao comemorar seus 20 anos de carreira artística ele fez participação em festivais de música de Roraima e da Mostra de Música de Maringá/PR depois de classificar a musica “Sol de Verão” de Neuber Uchoa e Eliakin Rufino na Mostra de Música Canta Roraima realizada pelo SESC. Ele será o nosso entrevistado desse sábado.

“A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano”.

“Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho”

1) Como a música começou a fazer parte da sua vida?

R - Meu pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que lançou vários discos na época do vinil e fez muito sucesso com a música Vazio fui minha grande influência. Nesse ambiente musical foi o meio onde cresci e comecei a ter contato com a arte. A música entrou na minha vida de maneira natural.

2) Hoje você vive só da musica?

R - Eu vivo só da música, é possível viver só da música sim, claro que não é uma moleza. Não é nada tão, vamos dizer confortável. A partir do momento que você se dispõe realmente a ser um produtor no conceito de mercado, você tem que ter atitude, muitas vezes empreendedora, principalmente de ter coragem de encarar o público, de chegar e oferecer, então isso em mim já esta condicionado.

3) Então você comercializa seus CDs?

R – Comercializo os meus CDs sim. Saiu todos os dias oferecendo, tenho sempre CDs disponíveis. Ultimamente tenho centralizado as vendas comigo. Na política corpo-a-corpo, por achar que assim é mais efetivo o meu comércio. Acho que as pessoas valorizam mais do que propriamente expor nas lojas. De uma tiragem de 1.000, eu distribuo 50, nas cinco principais lojas da cidade e fico com 950. Eu vendo os 950, no contato com o público e depois tenho que pegar os 50 nas lojas. É cultural que o público consumidor busque nas lojas CD de artistas nacionais, de cantores locais e alternativos é difícil.

4) O público roraimense, em sua opinião, esta preparado para consumir a cultura local?

R- Na verdade hoje tem uma zona de conforto, algo que a gente pode dizer que ao longo dos anos as pessoas estão prestigiando mais o artista local. Tem pessoas que realmente ainda não estejam preparadas para adquirir ou prestar atenção na produção local. Há vários fatores que influenciam. A grande mídia é um rolo compressor muito grande e muitas vezes as pessoas na não tem a opção de escolher.

5) O que falta para tornar mais acessível ao público, a arte produzida no Estado?

R- Na verdade eu acho que proporcionar os palcos. Aproximar a sociedade do artista viabilizando esse contato por meio dos shows. Aqui em Roraima nos temos a característica da folha de pagamento, também isso se reflete no artista, porque os maiores compradores de show são governo e prefeitura, então se a gente não está presente fica complicado.

6) O que há de melhor no contexto da música local?

R – Eu sou antenado para essas questões, acompanho tudo. Como fui revelando em um festival de música, então eu sei que tem pessoas ai que estão tendo oportunidade de apresentar o seu trabalho. A Euterpe é uma artista que eu tenho admirado. Tem outros jovens também que estão crescendo aqui no meio da música. A Karisse Blos, linda jovem e com muito talento, muitas mulheres no cenário artístico local. Tem meu irmão, o Anderson que adotou o nome artístico de Randy, e recentemente lançou um CD. Tem o Junior Caçari. Na verdade há uma nova geração de músicos, compositores e interpretes nascendo, isso demonstra que essa semente foi plantada há algum tempo.

7) E no contexto nacional, o que tem de bom e quem te influenciou?

R – Eu cresci tocando na noite, tocando músicas nacionais a principio, no decorrer do processo e da maturidade profissional fui vendo que existe um valor cultural local muito grande em Roraima, no Amazonas e estados vizinhos. Comecei cantando João Bosco, Djavan e as mulheres. Eu adoro cantar mulheres como a Adriana Calcanhoto, Marisa Monte. Mais a nível local principalmente, gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho.

8) E para comemorar os 20 anos de carreira, o que você esta planejando?

A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano.

Contatos

9117-7575

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Jornalista Antonio Bantes realiza sonho antigo e entra para o mercado de livros







" O que impede um crescimento do mercado editorial é a falta do hábito de leitura é a deficiência na formação de leitores, embora nos últimos 12 anos as coisas estejam mudando com programas governamentais de incentivo a leitura e projetos organizados pelo terceiro setor e bancados pela iniciativa privada"



Amazonense de Manaus, nascido no ano de 1957. Ex - coroinha da Igreja de São Sebastião, ex-comunista do PCB, vendedor, jornalista (Diário de Roraima, Folha de Boa Vista, Tribuna de Roraima e outras revistas e jornais de Manaus, Belém e São Paulo), esse é Antônio Bentes Valle Júnior nosso entrevistado de hoje. Apaixonado por livro desde criança quando ganhou de sua mãe 10 volumes com histórias dos irmãos Grimm. Hoje vê um antigo sonho realizado, abriu sua própria livraria, a Saber. Casado com Susanmara e pai feliz de três joias raras: Eduardo, Sarah e Thiago.

1 - Por que você resolveu abrir uma Livraria?

R- Era um sonho antigo, acalentado em conversas com minha mulher, amiga e companheira. Hoje, mais maduro e experiente, acho que posso oferecer a sociedade de Roraima uma boa opção para o cultivo do hábito da leitura.

2 – Para alguns editores livreiros a indústria editorial esta defasada. E com a facilidade de comprar pela internet, receber em casa ou até mesmo com o surgimento do livro digital, como ficam as vendas de livros impressos?

R - Discordo da afirmação que a indústria editorial esteja defasada. O Brasil tem hoje mais de uma centena de boas editoras. O que se publica aqui é de alta qualidade gráfica e editorial. Editoras como Martins Fontes, Brasiliense, Cosac & Naif, Intrínseca, Companhia das Letras e tantas outras estão alinhadas com os bons lançamentos da produção estrangeira recente, com excelentes traduções e primor gráfico comparável aos melhores livros europeus e americanos.

A venda de livros pela internet atende um público especifico que quer promoção e preço baixo, o leitor voraz e com capacidade intelectual acima da média compra nas livrarias físicas e nas virtuais, ele não procura promoções, deseja qualidade e diversidade.

Esse leitor gosta do cheiro do papel, da conversar com outros leitores e com os vendedores, estão sempre em busca de sugestões e indicações.
Na Saber, continuamos vendendo o que vendíamos em outubro de 2010 quando assumimos a franquia da Vozes e mudamos a razão social para Saber, e crescendo.

Tem outros fatores que influenciam a fidelidade de nossos clientes: entrega imediata; possibilidade de troca em caso de defeito no livro, o que a internet não permite; preço igual a das grandes redes de livrarias virtuais e sobretudo valorização da cultura local.

3 - Outro dia li numa reportagem que houve uma queda no número de livraria e nas vendas de livros, é uma tendência diminuir o número de livrarias e as vendas de livros?

R- Bom, no Brasil realmente tem diminuído o número de livrarias, porém a queda de livros vendidos é pontual em alguns setores do mercado como autoajuda e literatura. No que diz respeito aos livros técnicos e científicos as vendas estão estáveis.
Embora as livrarias na acepção da palavra estejam diminuindo, o mercado tem se ajustado e procurado novos canais de distribuição, como farmácias, bancas de revistas, supermercados e grandes empresas de venda de porta em porta como a Avon.

4 - Hoje nas grandes cidades as livrarias estão migrando para os shopping, parece que o comércio melhora em circuito onde tem muitas lojas, como fica nosso Estado, não temos um shopping, onde as pessoas vão passear e fazer comprar e acabam levando também livros, isso é um problema para o comercio de livros em Roraima?

R - Não vejo a criação de shoppings como a salvação da lavoura. Como já bem disse o Jessé Sousa, não é a inauguração de franquias do McDonalds, ou outras, que vai nos levar ao caminho de um comércio forte e uma sociedade justa e igualitária.

As chamadas livrarias de rua como a nossa, sofrem uma concorrência das grandes redes como Saraiva e Cultura, de São Paulo, porém, este é um modelo que não deve durar muito tempo. Grandes lojas como as do Carrefour e Wal Mart estão sofrendo retrocessos e se adequando a tempos inflação controlada e público cada vez mais exigente.

Nas grandes redes o consumidor é só um número, é estatística, aqui ele é o seu João que gosta do Erico Veríssimo, do João Ubaldo Ribeiro e quer discutir futebol e política, coisa que ele ao não pode fazer no padrão de atendimento exigido pelas grandes redes.

Para nos que estamos vivenciando este momento impar da ausência de um shopping em Boa Vista, é hora de investir em treinamento e capacitação de pessoal e diversificar títulos e editoras.

5 - O que ameaça mais o mercado dos livros impressos, o livro digital ou a deficiência do ensino e a não formação de leitores em quantidade?

R- Você agora tocou num ponto crucial. O que impede um crescimento do mercado editorial é a falta do hábito de leitura é a deficiência na formação de leitores, embora nos últimos 12 anos as coisas estejam mudando com programas governamentais de incentivo a leitura e projetos organizados pelo terceiro setor e bancados pela iniciativa privada.

6 – A migração do comércio para os shoppings e farmácias é outra ameaça as livrarias?

R - Não, na verdade a venda de livros em farmácias não é novidade no Brasil, o Monteiro Lobato já fez isso com sua editora e com a Brasiliense. São espaços necessários para escoar uma produção cada vez maior num pais de poucos leitores.

7 - Você tem aquela visão de buscar fidelizar clientes e, não, simplesmente, vender livros? Como faz isso?

R - Cativar o cliente é obrigação do livreiro. Uma boa equipe de vendas, afinada com o estoque da empresa e com as tendências nacionais e internacionais é fundamental para fidelizar o consumidor.

Conhecer o cliente pelo nome, seus gostos, seu perfil, enfim, valorizar características do público que você atende, mantendo seu catalogo de acordo com as necessidades do mercado.

8 - O que mais poderá ser agregado às vendas de livros na Saber?

R - Assumimos a livraria em outubro do ano passado, na Vozes havia uma forte tendência por livros de venda rápida com um pequeno mix de produtos religiosos.

Como desconhecíamos os produtos religiosos resolvemos manter somente a venda de partículas e hóstias para as comunidades católicas. Agora, com mais calma, iremos criar um espaço exclusivo para a essas comunidades com um mix de produtos novos. Espaço que pretendemos inaugurar até dezembro.

Em nossa administração optamos por investir em diversidade, inclusive até, pela minha formação intelectual e de militância no movimento estudantil em Manaus.

Estamos aos poucos oferecendo novos títulos nas ciências sociais e ampliando o número de editoras nas áreas de direito, concursos e educação, que somos forte.

Outro aspecto fundamental é a valorização do autor local. Quando assumimos criamos uma área para concentrar cerca de 50 títulos de livros sobre Roraima e/ou escritos por pessoas que moram aqui ou nasceram aqui.

Começamos a ofertar CDs de cantores como o Eliakim Rufino, Jorge Farias e Euterpe, e da nossa amiga e jornalista Márcia Seixas. Apoiamos alguns eventos de faculdades e sempre que podemos vamos às ruas levar nossos livros.

A banda AltF4 é o jovem sucesso do momento no rock local















A banda AltF4 é formada por jovens estudantes roraimense, começou a carreira cantando e tocando músicas de bandas nacionais e hoje faz sucesso na internet com composições próprias. O que começou sem pretensão e simplesmente pala diversão e o prazer de fazer música, hoje é encarado com muita responsabilidade por Neto, vocalista, Bento Filho, guitarrista, Betinho, baixo e Rodrigo, bateria. São mais de 15 composições e sucessos como: "Relógio Velho" e "Só Você" e "O mundo não gira ao seu redor", "Recordações", "Batman" entre outras e a banda já participou de eventos importantes como Grito Rock, Tomarrock na Praça, Roraima Rock, Fest Rock, e se prepara para a gravação de seu primeiro EP.

A banda gravou para o Coisas Daqui no estudio Parixara.


você pode ouvir o som da banda no Palco MP3

www.palcomp3.com.br/altf4oficial



Euterpe e a mistura de ritmos do CD Batida Brasileira







A cantora e compositora Euterpe, natural de Boa Vista, gravou seu primeiro CD “Batida Brasileira” que traz uma mistura natural dos ritmos presentes aqui na região. Música indígena, afro-caribenha, samba de cacete, salsa, cúmbia, marabaixo, xote bragantino, naiambing, reggae e zouk, são alguns dos ingredientes rítmicos que fazem do CD um sucesso. Euterpe iniciou sua carreira de cantora no Coral Canarinhos da Amazônia, em Boa Vista, RR, em 1999 aos 11 anos de idade. Participou das gravações dos CDs: Amigos para sempre (1999), Brasil 500 anos (2000) e Canarinhos ao vivo no Teatro Amazonas (2002). Residiu em Manaus de 2003 a 2006 e foi destaque na cena musical da capital do Amazonas apresentando-se em casas de música ao vivo e outros espaços culturais. É deste período sua pré-classificação para o Programa FAMA da Rede Globo, onde chegou a ser semi-finalista. Foi vencedora da Mostra Canta Roraima no ano 2007, promovida pelo Sesc e indicada como representante do seu estado no 30° Femucic em Maringá, PR, com a música Xapuri de George Farias e Eliakin Rufino.

Em 2008 ganhou os prêmios de 1° lugar e melhor intérprete no 11° Festival de Música de Roraima - FEMUR- realizado em Boa Vista, RR, com a múscia Outros Brasis, parceria de Roberto Dibo com Eliakin Rufino. Em 2009, também em Boa Vista, foi primeiro lugar e melhor intérprete no Festival Canto Forte, com a música Capoeira de sua autoria em parceria com Eliakin Rufino. A cantora e compositora pretende lançar em breve mais dois CDs com o mesmo título, compondo o que ela batizou de Trilogia Batida Brasileira. Com músicas de sua autoria, composições de parceiros e convidados, o objetivo da artista é mostrar a música popular brasileira que é produzida no norte do país. Batida Brasileira. Ela é nossa entrevistada de hoje.

Como a música começou a fazer parte da sua vida, fala um pouco da sua trajetória, historia interessante que você deseja contar,

R- Comecei a estudar música desde pequena por influência do meu pai. Cantei nos corais da Escola de Música e Canarinhos da Amazônia, estudei violão com o Cláudio Moura, e cantei em casas de espetáculo na noite de Manaus. Ganhei prêmios em festivais e este ano lancei meu primeiro cd o Batida Brasileira.

Como foi essa mudança de nome o que levou você a adotar o nome artístico de Euterpe, quando já era conhecida como Andressa Nascimento?

R - O nome artístico veio em um momento de formação artística. Passei três anos formatando a proposta da minha arte. O pseudônimo aconteceu antes do lançamento do Cd para dar uma cara artística para minha cena. Pensei em um pseudônimo que tivesse a ver com o produto e que causasse uma reação no consumidor. Euterpe, meu atual nome artístico, é uma das nove musas da mitologia grega, a que preside a música e a poesia lírica. É também o nome científico da palmeira do Açaí.

O reconhecimento na coluna Sintonia Fina de Nelson Mota , como ele teve contato com seu trabalho?

R- Nelson Motta teve contato com meu CD porque eu enviei pelo correio para o endereço do programa Sintonia Fina um exemplar para ele que é o maior crítico de música do Brasil. Dias depois a música ‘Pandeiro de Jackson’ estava em destaque em sua coluna com o comentário dele. O comentário do Nelson causou uma boa repercussão e deu maior visibilidade ao Batida Brasileira.

Fala da sua participação no Projeto Pixinguinha?

R- O Projeto Pixinguinha é um projeto da Funarte que tem o objetivo de fomentar a produção musical no Brasil. Através deste projeto, pude captar um recurso e gravar meu primeiro CD Batida Brasileira.

E o CD Batida Brasileira, fale dele

R- Batida Brasileira é um disco que reúne temas dinâmicos e multiculturais, de minha autoria em parceria e músicas de compositores da MPB do norte do Brasil. Nas letras, imagens do Brasil afro-índio, com levadas latinas e caribenhas. A primeira tiragem de 1.000 cópias está esgotada. Estou feliz com a boa repercussão do CD e agora estou providenciando uma nova tiragem de 5.000 cópias.

Têm músicas de sua autoria, quais?

R- As músicas Saravá, Reggae Leaves, Vem do Mar e Capoeira, são de minha autoria em parceria com o poeta Eliakin Rufino, e Feitiço é uma parceria com o poeta Gilberto Mendonça Telles. Essas cinco músicas estão no Cd Batida Brasileira, fiz as melodias para as letras.

Quem participa do CD, nas parcerias, na produção?

R- A concepção e direção artística é do Eliakin Rufino junto comigo. A direção musical é do Adelbert Carneiro, a mão de couro é do Trio Manari de percussão e contei com participações especiais da guitarra do Chimbinha do Calypso, Acordeon do maestro Luís Pardal, e direção de voz de Nilson Chaves.

Quais os seus ritmos preferidos para ouvir e para cantar?

R- Samba, batuque, reggae, zouk, cúmbia, marabaixo, ritmos dançantes.

E outro CD, quando chega e o que traz de novo?

R- O próximo Cd se chamará Batida Brasileira II, uma seqüência deste primeiro, que deverá compor uma Trilogia que tem como objetivo reunir a riqueza rítmica da região norte do Brasil. Pretendo gravar este disco no início de 2011 com novas músicas, novos parceiros e ritmos diferentes.

Você tem outros projetos musicais além do CD Batida Brasileira?

R- Neste momento acabo de ser selecionada para compor o vocal da Banda Universitária da UFFRR que se chamará “Paricarana Band”. A Universidade Federal de Roraima, onde curso Letras, resolveu valorizar os estudantes músicos da instituição oferecendo uma Bolsa Cultura. O processo seletivo já aconteceu e nós estamos nos primeiros ensaios, a banda será do gênero Pop Rock com influências de música brasileira. As primeiras apresentações serão no segundo semestre em eventos da Universidade. Estou me envolvendo também em ações do Movimento Negro e pretendo desenvolver um trabalho social com as internas da P.A.

Como você vê essa nova fase da cultura local com a realização de festivais, muita gente jovem fazendo arte, é um bom momento cultural?

R- É um bom momento cultural no Brasil. O Governo do presidente Lula tem feito muito pela promoção da arte e preservação da cultura brasileira através do Ministérios da Cultura. O Projeto Pixinguinha, o qual fui premiada, por exemplo, é uma ação do Governo Federal. Não foi preciso eu sair de Roraima, me mudar para um grande centro para captar um recurso federal e começar minha carreira.
Tem muita gente genial aqui em Roraima fazendo arte. Faltam políticas públicas de promoção e incentivo da arte local.

Você acabou de compor uma musica nova. Que música é essa, qual o estilo?

R- A música nova se chama Loura Linda, uma homenagem as louras que sofrem muito preconceito pelo tom das suas madeixas e são vítimas de piadas de mal gosto. O ritmo é um samba funk.

Quais os cantores e músicos que te influenciaram, quem são seus preferidos hoje? O que você escuta?

R- Ouço muita música brasileira. Ouvi e ouço os grandes nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso , Gilberto Gil, Milton Nascimento, Chico da Silva, Noel Rosa, o maestro Waldemar Hernrique , entre outros. Atualmente ouço as cantoras cabo-verdianas Mayra Andrade e Sara Tavares, também ouço Ayo, uma cantora inglesa que tem um som bem legal. Mais recente mesmo estão os Cds que trouxe do Femucic, a Mosta de Música do Sesc-PR onde eu pude conhecer vários artistas emergentes como eu e adquirir vários discos de música independente. Trouxe do sul os CDs: Sapecando no choro de Belém, Ana Paula da Silva de Florianópolis, e da Banda Trieiro de Cuiabá, todos novos trabalhos da mais recente edição do Projeto Pixinguinha.


ENDEREÇO PRA CONTATO
andressa.cultura@gmail.com
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www.myspace.com/euterpecantora
Contato para Shows: (95) 8116-1069
músicas do Batida Brasileira disponíveis para áudio na Rádio Uol
Cd Batida Brasileira disponível através do site:
www.tratore.com.br

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O movimento Hip Hop também esta em destaque no programa deste sábado.







Os MCs, Thiago, Franck , Dog, Nigaz e o DJ Sorvete falam do movimento Hip Hop e da Gang do Rap. Ainda um papo com a líder do movimento do Estado Raquel Queiroz

George Farias no Coisas Daqui














O cantor e compositor George Farias será atração de amanhã no quadro “Coisas Daqui” do programa TV Assembleia. Ele fala sobre o seu trabalho, festival de música e de cultura.